O desafio da professora de refugiados e migrantes na pandemia.
01/Fev/2024 | Por: O.N.U. | Aconteceu
Toda quinta-feira a professora Jennifer Barros vai até o abrigo Rondon 3, que acolhe 844 refugiados e migrantes da Venezuela na cidade de Boa Vista, capital de Roraima. Lá, Kaleth Colmenares, de 12 anos, está à espera. Em fevereiro, o menino começou a estudar na rede pública de ensino brasileira e ainda estava se adaptando ao novo idioma quando veio a pandemia de COVID-19. Agora, uma vez por semana, ele tem aulas de reforço escolar de diversas disciplinas, principalmente o português.
Graduada em Letras, com ênfase em espanhol, Jennifer começou a ter interesse em idiomas e culturas muito cedo. Começou trabalhando em escolas públicas de Roraima, mas foi há quase um ano que encontrou a oportunidade de unir todas as suas paixões em uma só: trabalhar no Súper Panas – em português, “Super amigos” –, espaço do UNICEF em parceria com o Instituto Pirilampos, onde ministra aulas de português e atividades recreativas para meninas e meninos venezuelanos.
“Eu não conhecia a realidade do abrigo. A princípio, foi um choque. O contexto escolar é totalmente diferente de uma escola formal. São estratégias diferentes que precisamos adotar para chamar atenção. É também um contexto de acolhimento, não somos só professores, passamos a ser educadores sociais”, explica Jennifer. Após um período de experiência, a professora descobriu e desenvolveu novas técnicas de ensino, focando em adaptar o ensino do português para crianças e adolescentes migrantes e refugiados.








